sábado, 4 de maio de 2024

O Livro Negro da Nova Esquerda

 


Introdução
Na Introdução, os autores mostram a origem do movimento de esquerda atual e suas características como a questão do feminismo, do LGBT, das Ongs, além do envolvimento de grupos terroristas de muitos países com tendências de esquerda e de autoritarismo como Cuba, Colômbia, inclusive o Brasil quando criou o Foro de São Paulo em 1990, através da ação de Lula, que em 2002 foi eleito Presidente. Mostra como este movimento foi uma alternativa, aliás alertada por Fidel Castro, ao fim do Comunismo Soviético, ou seja, procuraram uma nova alternativa ao sistema capitalista, que na visão do livro O Fim da História, passou a ter total domínio sobre o planeta, e sem nenhuma oposição. Enfim, não existe mais Comunismo ou Comunismos, estamos vivendo uma fase em que as esquerdas tentam se reinventar após o fim da ideologia soviética baseada na luta de classes, na mais-valia, no uso dos trabalhadores metalúrgicos e, também na Ditadura do Proletariado (que não é citada na Introdução), inclusive seus símbolos tradicionais como a foice e o martelo foram abandonados. As esquerdas vivem um momento de agonia após o abandono de seu ideário dogmático. Agora buscam formas de se unir em torno de ideias difundidas, principalmente entre os intelectuais, do jornalismo e das escolas, além de movimentos como o feminismo e suas pautas variadas. Deixaram a violência do passado quando matavam latifundiários e trabalhadores pela estratégia das urnas, mesmo que fraudadas, pois buscam, na verdade é o poder. Ao invés de buscar a antiga base da classe operária, agora buscam os miseráveis que necessitam da ajuda do Estado para sobreviver. O livro é dividido em duas partes: a primeira dedicada ao feminismo; e a segunda ao homossexualismo. Os dois autores dividem a tarefa.

Desenvolvimento
Na primeira parte do livro, o autor começa estudando a questão do marxismo ao longo da história, desde Marx e Engels e suas teorias. Trabalha elementos essenciais ao marxismo como o Materialismo Dialético, o Materialismo Histórico, a Ditadura do Proletariado, a Dialética, as etapas para se chegar ao Comunismo e sua concepção de Socialismo Científico em oposição aos anteriores socialistas utópicos, além da teoria de Antonio Gramsci. Faz um bom texto sobre a Revolução Russa como a exceção nas teorias marxistas, em sua queima de etapas, pois a Rússia em 1917, vivia ainda uma economia feudal, e Marx imaginava a construção do socialismo a partir dos países industriais em que a burguesia tinha atingindo sua revolução e a existência de um proletariado consolidado para combater o domínio burguês e a propriedade privada.

Sobre a hegemonia em Antônio Gramsci notamos uma profunda diferença entre sua concepção e a de Lênin. Este via o domínio dos Proletários sobre o campesinato, enquanto Gramsci via a absorção dos campesinos pelos Proletários contra a burguesia, numa tentativa de se criar uma nova cultura, que não excluiria o Estado, o Exército e a burocracia como teorizava Lênin. Daí o uso da violência por Lênin e Stalin. Nas palavras de Lênin sobre o campesinato: "Atacar juntos, marchar separados" Aqui a diferença fundamental entre ambos; Gramsci queria a união do Proletariado com o Campesinato na formação de uma cultura diferente da cultura burguesa.

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